22.8.11

De volta ao começo



E eu estou de volta ao começo... De volta ao começo do nosso fim. Como eu pude me deixar levar por você mais uma vez? E eu tinha repetido para mim inúmeras vezes, não chore menina, isso vai passar! E quando isso passou, você voltou! Porque você voltou? Você deveria ter ficado lá naquele fim de mundo que você chama de lar. Você foi entrando na minha vida novamente e agindo como se nunca tivesse saído dela um dia sequer. Pilantra... Não aceito ser enganada por você novamente, saia da minha vida mas saia agora! Isso não é um pedido, é uma ordem! Saia agora e não volte nunca mais.

13.8.11

Entre gostar e amar


Porque será que é tão difícil para certas pessoas entenderem que gostar não é amar, que admirar não é amar, que amizade não é amor. E sabe porque eu afirmo isso com tanta convicção? Porque amar é a soma de tudo isso, de gostar, de admirar, de ser amigo. E não desses sentimentos isolados.

12.8.11

Distância


Infelizmente a distancia acaba mudando aquilo que você mais zelava. O modo como aquele garoto te tratava, as confidências que sua amiga fazia a você que hoje em dia já não são tão frequentes, aquele lugarzinho especial naquela cidade o qual só você e seus amigos conheciam. Os abraços apertado, os sorrisos espontâneos e os amores sinceros.

11.8.11

Aprendendo realmente a amar


Você aprende a amar quando você cai quando esta aprendendo a andar de bicicleta e seu pai te ajuda a levantar, você aprende a amar quando sua amiga sabe o que esta passando com você sem você ao menos dizer uma palavra, você aprende a amar quando sua mãe faz sua comida preferida sem você pedir, você aprende a amar quando seu irmão menor te bate e depois te abraça forte e pede desculpas. Você aprende a amar muito antes de você se iludir com um garoto idiota. É depois dessa ilusão que você passa a pensar que você só aprende a amar quando sofre por amor.

9.8.11

(R) encontro



A cidade que nunca dorme, todos a mil por hora, milhões de rostos desconhecidos e um esbarrão. Dois conhecidos supostamente desconhecidos, se "atropelam" em meio a correria da grande São Paulo, um pedido de desculpa e a vida continua; esse seria o roteiro para apenas mais um dia de correria e esbarrões. Mas não para Rafael, algo naquela moça desastrada e apressada era familiar a ele talvez fosse apenas uma sensação, ou talvez não. 

Já no metrô Rafael aproxima-se da moça.
- Desculpe novamente, eu posso ajuda-la em algo? Meu nome é Rafael.
- Ah, está tudo bem, obrigada pela preocupação. (Nota mental: nada de se apresentar a estranhos.)
- Que ótimo então, você não vai me dizer o seu nome? 
- Desculpa, eu não conversou com estranhos e eu preciso me apressar, tchau. 

Por coincidência ou quem sabe destino a garota acaba descendo na mesma estação que Rafa; a paulista.

- Moça, moça. 
- Você esta me seguindo?
- Não necessariamente, eu ia descer na paulista mesmo, arranjei um novo emprego por aqui. Mas enfim... Eu gostaria de saber mais sobre você, você me chamou muito atenção e eu tenho a sensação de conhece-la de algum lugar
- Ah, ótimo. Um rapaz que acha que me conhece esta me seguindo agora, pois bem pode me chamar de Nana.
- Prazer Nana, pelo menos agora eu tenho um apelido, não é mesmo? haha
- Pois é senhor Rafael.
- Pode me chamar de Rafa.
- Pois bem senhor Rafael, eu vou na starbucks tomar algo quente para me aquecer, nós podemos conversar um pouco por lá então. 
- Por mim, tudo bem. 

No trajeto ate lá, algumas piadas para quebrar o gelo, algumas risadas e uma relaxada da parte dela por estar conversando com um suposto estranho. Uma mesa para dois próximo a janela e uma conversa regrada a músicas do John Mayer. 

- Nana, desculpe a indelicadeza mais quantos anos você tem?
- Haha, ótima forma de puxar assunto com uma mulher, mas não se sinta constrangido, não tenho nenhum problema em dizer minha idade, tenho 26.

E uma risada muito gostosa, pensou ele. 

- Haha, pensei que você fosse se chatear comigo agora. Sou apenas um ano mais velho que você, tenho 27 e vim de uma cidadezinha do interior da Bahia e você?
- O que você acha? Tenho cara de paulista? haha
- Acho que não, carioca quem sabe?
- Passou longe, sou soteropolitana.
- Serio? Pois estou aqui com uma conterrânea, não é mesmo?
- Claro que é serio. Pois é.
- Mas você sempre morou em Salvador? 
- Não me mudei muito nova com meus pais para uma cidadezinha na Bahia.
- Sabe que essa conversa esta ficando interessante? haha. 

Conversa vai, conversa vem e eles acabam chegando no ponto alto da conversa, no momento em que Rafa percebe que aquela garota não é somente uma garota qualquer mas sim a sua garota, ela era a sua Marina, chamada carinhosamente por ele de mama. Quem diria que aquela implicância toda do rapaz não seria apenas implicância, quem diria que aqueles velhos apaixonados iriam se encontrar 11 anos depois na maior capital do pais e em meio a tantos rostos diferentes iriam se reconhecer. 

- Minha linda mama, como você esta mais linda do que nunca, você não tem noção do quanto eu pensei em nós... depois da nossa separação, aquele amor que eu te jurei que seria para sempre ainda esta aqui, ele nunca foi e nunca será de outra, você é a única dona do meu coração. Você não vai dizer nada? Porque você está chorando? Não gosto de te ver chorando. 
- Rafa, você sabe que todos aqueles textos que eu escrevi para você são verdadeiros, não sabe? São puro amor, amor que eu sentia por você. Eu te amei muito, é verdade, mas passou, os anos passaram por cima do que eu sentia por você e eu não poderia te esperar para sempre, desculpe mas há outro agora, para quem eu dou o meu afeto... Eu preciso ir. 

Ela nunca gostou de mentir mas convenceu a si que era preciso mentir naquele momento. E aquela chuva que caia, parecia que estava caindo para ela, para apagar qualquer vestígio de choro. O café quente não fez efeito, agora o coração dela estava congelando e se antes a sensação termina era de 10ºC, agora estava a -10ºC. E o que ela aprendeu com isso? Esperar não custa nada. Mas a história deles não acaba por aí, quem sabe um outro esbarrão não esta escrito nas páginas da vida dos dois.