21.6.13

Crimes Morais


 
Alguém entra na sua casa, rouba suas coisas, agride você. Esse alguém cometeu, de uma só vez, vários crimes. Previstos em vários artigos da Constituição. Alguém entra na sua vida, rouba seu tempo, destrói sua confiança, agride sua autoestima, estilhaça o pouco que resta da sua confiança no amor. E sai ileso. Mas não seria esse o pior crime que alguém pode cometer contra outra pessoa? Agressão só é penalizada quando alguém encosta a mão em alguém? Como se pune quem causa uma ferida que não está exposta? Acredito que tomar uma surra de um boxeador deve doer menos do que ser traído. A dor física passa em algumas horas ou, em casos mais graves, alguns dias. Pra dor física, existe remédio. Pras feridas, existe curativo. Mas quem cura a dor de um coração destruído? Como se cura a dor de uma confiança perdida? O que fazer com as feridas cravadas na alma de alguém que sai
na rua descrente do mundo? Como penalizar o agressor que, sem usar mãos, armas ou objetos cortantes e pontiagudos, causou ferimentos graves em alguém? Por que ninguém previu isso na lei? As pessoas lotam os consultórios psiquiátricos, se entorpecem de remédio pra ansiedade, remédio pra depressão, remédio pra pressão, remédio pra dormir, remédio pra acordar. Remédio pra viver. Pra fazer viver quem quer morrer. Remédio pro irremediável. Pra dor que não passa. Pra ferida que ninguém vê. Vãs tentativas de resolver o caos interno. As pessoas tentam remediar uma dor que parece que nunca vai ter fim, um sofrimento que vem de dentro. Bem fundo. Tão fundo que nenhum remédio ou substância tóxica é capaz de alcançar. Entendo perfeitamente crimes passionais. Entendo perfeitamente quando minha amiga diz que não consegue conversar mais com o ex-namorado porque ela tem vontade de bater nele. Entendo meu amigo que diz que preferia ver a namorada morta do que com outro. Sinceramente, entendo. Quando alguém te machuca, te decepciona, te magoa, a dor é tão grande que você quer agredir a pessoa de volta. Você se sente impotente. Enganado. Ferido. Frustrado. Dá vontade de matar. De morrer. De sumir. Seu mundo desaba bem na sua frente. Você sente que perdeu seu tempo, sua vida, sua auto- estima, suas forças. E qual a pena pro agressor nesse caso? Qual a pena pra alguém que entrou na sua vida, na sua casa, nos seus sonhos, nos seus planos e, num piscar de olhos, destruiu tudo como se tivesse esse direito? O que sempre falo com meus amigos (como se conselho valesse de alguma coisa) é que vingança não é remédio. Nem fazer justiça com as próprias mãos. Acredito que o tempo se encarrega disso. Acredito que pessoas que usam da confiança e boa vontade das outras nunca vão se dar bem na vida. Ou não vão ser felizes. Ou nunca vão conseguir amar de verdade. Ou não mereciam a gente. Ou que a gente deve agradecer por ter se livrado de um encosto. Ou sei lá o que. Nunca fui boa conselheira. Talvez essas sejam as formas da vida punir quem brinca com o coração dos outros. Não sei mesmo. Em todo caso, deseje o mal de volta pra pessoa. Não por vingança. Só pra ver se ela é forte como você.

20.6.13

O tempo passou

 
 
Às vezes me dá umas vontades loucas, de voltar meu primeiro beijo, e correr o mais rápido possível. O que foi? Eu ainda não estava pronta. De voltar na primeira vez que vi meu primeiro amor, e dar um tapa daqueles de filme. O que foi? Ele me fez chorar demais. Voltar naquele Adeus, e abraçar mais forte. O que foi? Aquele abraço me fez falta por muitos anos.
É uma pena, o tempo passou.

19.6.13

Longe de mim



Enquanto eu finjo que não ligo, e digo as brincadeiras mais sérias do mundo, eu tento chegar mais perto, mas tenho sempre a sensação que nunca é o suficiente. Enganar alguém que já sabe o final da história talvez não tenha mais tanta graça para você.
 
Nesse exato momento, quero colocar um outdoor bem em frente a sua casa, dizendo: Aqui mora um idiota. Mas, acredito que todos tenham um papel importante aqui na terra, e o seu é justamente esse, iludir, enganar e transformar garotas ingênuas.
 
Quer saber? Desejo que você seja feliz, só que para o meu bem, longe de mim.

18.6.13

Passado Presente

 
 
Se você dissesse que não e sumisse, seria mais fácil. Mas não, você faz questão de mostrar que ainda existe. Que ainda sabe sorrir, e não precisa de mim para isso. Tenho certeza que hoje, não duraríamos nem um dia. Mas, meu coração não precisa de tudo isso. Talvez algumas horas, alguns minutos ou até mesmo alguns momentos. Só você, eu e o seu cheiro.
 
Mesmo que depois você voltasse para ela, e fingisse que não me conhece mais.

17.6.13

Ela

 
 
Há quem diga que ela não passe de um monte de palavras.
Há quem espere dela um monte de atitudes.
Há quem a não conheça, há quem finja não conhecer.
Há quem a siga, há quem se afaste.
Há quem a abrace a há quem a faça chorar…
Ela chora por não saber como dizer
E escreve por não saber como chorar.
Ela descreve o que não é
E aposta no errado.
Vive entre fases
E te vicia lentamente.
A abstinência te assusta, mas isso a diverte.
Não até que tenha vontade
Seu olhar esconde um mundo
Onde ninguém jamais conseguiu entrar.
Se achar que está perto,
Não ache que a tem nas mãos.
Você sequer conseguiu tocá-la!

16.6.13

Saudade é...

 

Domingo à noite. Os últimos pingos de chuva caindo na janela. Um sentimento em comum: saudade. Daquilo que vem, daquilo que vai. Daquilo que vem do que vai. Estamos fadados a isso e, ainda assim, sorrindo. A saudade dói, mas se pararmos para pensar, anestesia. Porque senti-la nos obriga a buscar as lembranças de pessoas que nos fizeram felizes. E por mais que fira, cura. O sentimento mais presente nas poesias e canções. É obrigatória no amor. Tentamos matá-la, mesmo que temporariamente, longe ou perto de quem sentimos saudade. Relemos cartas, revemos fotos, reviramos a memória. Fechamos os olhos e ao mesmo tempo abrimos um sorriso sem mostrar os dentes, o que condena estarmos sentindo a desesperada necessidade de puxar aquela pessoa do nosso pensamento para junto de nós. Além de tudo isso, é um sentimento completamente próprio da língua portuguesa. Os ingleses sentem falta. Nós sentimos saudade. E existe uma grande diferença (mesmo que paradoxalmente possa ser uma linha tênue, em determinados casos) entre “I miss you” e “eu sinto saudade”. Saudade é medo, amor, distância, ontem, a música que você ouviu hoje, o beijo que você não deu, o amor que você recusou, o momento que você desperdiçou, a mão que você pegou, a ajuda que deu, o jardim que regou, o texto que você acabou de ler, a pessoa de quem você acabou de lembrar, a cama desarrumada em um domingo chuvoso à noite. Tipo agora.

15.6.13

Feliz novo amor!

 
 
Nada levanta mais a autoestima do que um novo amor! Sempre que nos deparamos com novidade, apelamos para o famoso “ele é diferente”. Você está certa: ele, DE FATO, é diferente. Não há como se apaixonar da mesma forma, nem mesmo por um mesmo alguém! Afinal, a cada hiato aprendemos o que não repetir. Nunca saberemos ao certo como agir, até porque não somos treinadas para esse tipo de situação. Sendo assim, arranque da sua revista preferida, todas as páginas com dicas de relacionamentos: a única realmente válida é não hesitar e fazer com que tudo pareça uma surpresa. Sem passos a seguir. Escreva no rodapé do seu caderno seus nomes contornados por corações e não se arrependa depois. Independente do fim, deixe rastros de quase tudo o que aconteceu para que as lembranças despertem certa saudade ao invés de frustração. Não se culpe ou penalize caso não tenha dado certo: as pessoas mudam toda hora! Se você tiver a consciência de que é autossuficiente e criativa, as coisas acontecerão, sempre! Entenda que pode se tratar de um novo começo. Tenha certeza de que as intenções são claras e renove-se a cada decolagem de borboletas em seu estômago! Um grande beijo, recheado de, pelo menos, 5 novos amores!

14.6.13

Te cuida

 

A gente sai de casa para ir numa festa ou para pegar a estrada, e antes que a porta atrás de nós se feche, ouvimos a voz deles, pai e mãe: te cuida. A recomendação sai no automático: tchau, te cuida. Um lembrete amoroso: te cuida, meu filho. A vida anda violenta, mas a gente não dá a mínima para este "te cuida" que a gente ouve desde o primeiro passeio do colégio, desde o primeiro banho de piscina na casa de amigos, desde a primeira vez que saímos a pé sozinhos. Pai e mãe são os reis do "te cuida", e a gente mal registra, tão acostumados estamos com estes que não fazem outra coisa a não ser querer nosso bem e nos amar para todo sempre, amém.

No entanto, lembro da primeira vez em que estava apaixonada, me despedindo dentro do carro, entre beijos mais do que bons, com aquele que devia ser um moleque mas para mim era um homem, e um homem estranho, uma vez que não era pai, irmão, primo, amigo ou colega. Depois do último beijo, abri a porta do carro e, antes de sair, ouvi ele dizer com uma voz grave e sedutora: te cuida.

Me cuidarei, pode deixar. Me cuidarei para estar inteira amanhã de novo, para te ver de novo, te beijar de novo. Me cuidarei para me tocares com suavidade, para nunca encontrares um arranhão sobre a minha pele. E cuidarei do meu humor, dos meus cabelos, cuidarei para não perder a hora, cuidarei para não me apaixonar por outro, cuidarei para não te esquecer, vou me cuidar.

Me cuidarei ao atravessar a rua, me cuidarei para não pegar um resfriado, me cuidarei para não ficar doente. Me cuidarei, meu amor, enquanto estiver longe dos teus olhos, nos momentos em que você não pode cuidar de mim.

Fica a meu encargo voltar pra você do mesmo jeito que você me viu hoje. É de minha responsabilidade não ficar triste, não deixar ninguém me magoar, não deixar que nada de ruim me aconteça porque você me ama e não aguentaria. Claro que me cuido, nem precisava
pedir.

Te cuida, dissera ele. E eu ouvi como se fosse um te amo.

Meses depois, terminado o namoro sem beijos de despedida, saio do carro trancando o choro, ainda que o rompimento tenha sido resolvido de comum acordo. Abro a porta e já estou com uma perna pra fora quando ouço, sem nenhuma aflição por mim, apenas consciência de que não teríamos mais notícias um do outro: te cuida. Me cuidei. Só chorei quando já estava dentro do elevador.

12.6.13

TUDO O QUE ANTES ERA PLURAL, JÁ NÃO CABE MAIS NAS LINHAS DOS SONETOS

 
Sobre o amor? Bom, aprendi as coisas mais importantes sobre ele nos últimos minutos. Aprendi que assim como ele pode começar em cinco minutos, também pode acabar em tal tempo. Aprendi que assim como ele prende, ele também te deixa partir, sem explicar, sem entender. Ele faz ver num sorriso mais que lábios e dentes. Aprendi que ele leva, arrasta, bate, levanta e acalma. Aprendi que ele é cínico, cru e sarcástico. Mas também é doce. Doce na percepção e no contexto. Aprendi que ele é morfina, ecstasy e álcool. Mas ele é cura, é solução. É verbo solto, é verbo conjugado. É sentido, é dois, é só dois, é dois à sóis. É complemento, é transitividade, é adjunto. É tudo junto. É passado, presente e futuro. É indeterminação, é certeza. Aprendi que ele também é perdão. Mas que a partir da terceira vez, o perdão já não é mais tão sincero. Aprendi que ele dá medo. Medo que se agarra com os dentes, que se perde com os lábios. Aprendi que a tese, a capa e a contracapa estão descritos em dois atos, conjugados por dois sujeitos. Descobri que é sujeito composto, é aposto, é oposto. Eu aprendi o que é amor, o que é saudade, quando te vi ir, te vi partir, sonegando, abandonando, tudo o que um dia a gente viveu. Eu não sei ao certo como deveria começar contando. Talvez deva falar que estou bem. Mas sei, e você também sabe que não estou. Hoje é trigésimo dia sem você. Relatei cada dia em cartas, mensagens, mas nenhuma jamais chegou até você. Nem vão chegar. A parada foi suicida, foi nostálgica, foi violenta e virou um massacre. Só hoje pensei em fazer umas cinco lobotomias no meu cérebro. Penso em drenar, esvaziar, arrancar, encravar minhas unhas e puxar, todo tipo de lembrança do que se foi. Já pensei em te matar umas cem vezes em qualquer tipo de lembrança que me venha à cabeça quando passo por aquela pracinha que costumava ser NOSSA. Parece que a Miss Cérebro foi lascada, pisoteada, esnobada. Parece não, ela foi. E eu me alimento com essa ideia diabólica de esfolar você, de acabar com qualquer rastro seu na minha vida. Chega a ser patético. Quantos anos eu tenho? Cinco? Acabei de descobrir que papai Noel não existe, é isso? Acabei de descobrir que a porra do amor você socou no cu? Eu já sabia que isso ia acontecer e talvez seja por isso que eu esteja com tanto ódio. Eu me permiti ser levada de forma ímpeta. Eu me permiti correr pela lama, cair de cara e me alimentar com merda. Antes de tudo, eu me causei isso. Fui eu quem deixou você entrar na minha vida, fui eu quem te deu as chaves do apartamento e ainda fui eu quem te observou enquanto você dormia. Eu, a única idiota da história. De cérebro à inexistência. Onde fui parar? Numa rua sem saída? No fundo do poço? Acho que agora eu não desço mais que isso. Impossível. Agora só me imagino subindo, encravando cada unha pelas paredes, subindo e subindo. Eu me imagino te deixando, como você fez. Sem explicar, sem entender, sem se quer pestanejar. Eu me imagino te vendo sofrer no meu lugar. Eu fico aqui me alimentando com essas ideias patéticas enquanto você faz o quê? Coloca todos aqueles ”eu te amo” na privada e dá descarga? Ou ainda conhece outra garota? Uma mais bonita, mais magra e não tão boba, é isso? Você sente falta de mim como eu sinto de você? Você é um homem ou um canalha? Me responde. Só me responda. Venha, com qualquer resposta inútil e mentirosa, mas venha. Venha me alimentar com ilusões, com vaidades, porque eu quero. E eu sou burra e pior que você por isso. Eu fico querendo o que não preciso, o que já deveria ter jogado no lixo e queimado. Às vezes acho que a única forma de acabar com tudo isso é com a morte. Não a minha, a sua mesmo. A sua, a da sua irmã, a daquela sua amiga do trabalho, do seu irmão ou até mesmo da sua mãe. Falo de uma chacina, de acabar com tudo o que me lembra você. De acabar até mesmo com o fabricante do perfume que você usa. Falo de rasgar os modelos de roupas que você usa, do estilo de carro que você gosta. Olha isso… olha só onde vim parar. Estou paranoica com todo o seu pseudo-amor. Ou deveria dizer, ex-pseudo-amor. Agora me diz, o que você fez com todas as mensagens em que você dizia que era pra sempre? Deletou? Mandou pra quem agora? Pra mãe Joana, pra sua vizinha ou pra nova garota da academia? Você anda sentindo o que eu sinto? Você percebe que eu continuo ficando e você continua indo? Onde foi parar aquele cara que eu conheci à algum tempo atrás? Escafedeu, tomou chá de vidrex? O que você fez com ele? Recortou do seu passado, aniquilou do seu presente pra não deixar rastros pro seu futuro? Ou pior, o que você fez comigo? Me empurrou pela janela do quinto andar? É isso? Chega a parecer masoquismo eu ficar aqui, duas horas seguidas, escrevendo sobre você. Só e somente sobre você, me torturando com qualquer tipo de palavra ou sentimento vinculado. O que eu tô fazendo comigo? Estou esperando você ligar? Estou esperando um buquê de flores com um cartão de desculpas como nas outras vezes, é isso? Me diz o que tá acontecendo, me diz porque você me deixou aqui, e continuou seguindo sem mim. Me diz porque você fingiu se importar e, da pior forma, mostrou que eu não signifiquei nada. Me fala porque eu continuo aqui, tentando me explicar, tentando te fazer explicar e não sigo minha vida? Porque eu não consigo sair de casa e simplesmente ir até a lavanderia sem pensar que não levarei mais suas roupas? Até mesmo minha segunda vaga no estacionamento do prédio parece que tá reservada pra você. Parece que sempre esteve ali pra você. Agora me diz o porquê de tudo isso? É sangue sadomasoquista? É loucura ou é burrice mesmo? O avião caiu, o carro capotou, a gente se afogou. Foram mentiras em cima de mentiras, promessas em cima de promessas, e no final, não foi nada pra você. E foi tudo pra mim. Eu lembro que eu ia ao salão toda semana, ia à academia todo santo dia. Pra quê? Pra ficar bonita pra você? Pra perder meu tempo tentando agradar alguém que nem sequer notou quando eu cortei o cabelo? O que eu fiz de mim? Agora, o que eu faço? Chamo um gari pra varrer você e todo seu lixo que ainda estão em mim? Não importa o que eu arquitete, o que eu diga ou os meus milhares de devaneios, a resposta é única, simples, crua, e dói: você nunca esteve aqui como eu imaginei. Você estava aqui, mas não estava também. Foram tempos de namoro em solidão, trocando passos com traições. Mas só eu não percebi. Eu quis acreditar que ainda existia algo verdadeiro em você por mim, por nós. De nada adiantou. De nada me serviu. Agora eu não sei do que preciso mais: de um dorflex pra acabar com toda a dor causada pelo peso de tudo isso, de uma massagem, de um colo (do seu colo) ou da minha cama. Da sua cama, da nossa cama. Admito que ontem senti sua falta. Mas senti de forma diferente, sem ódio, sem rancor. Senti falta do cara que conheci e por quem me apaixonei. Do cara que acordava todo dia ao meu lado, que era doce. Doce no contexto e na percepção. Admito que também passei a te entender, quer dizer, eu causei isso também, não é mesmo? Eu e você. A gente tem mania de matar a alegria com todas essas análises superficiais de momento. Buscamos problema onde não tem. E então a gente acha. Acha o que não queria ver. Acha porque tem essa mania besta de querer ter explicação pra tudo. A gente torna o simples complicado, a gente aglutina na gente toda essa ideia de que não vai dar certo. Porque não conseguimos ver a felicidade sem se embaraçar num futuro final. É sempre esse mesmo egoísmo que visa certeza. Criamos conceito pra tudo que ficou, acabamos com tudo aquilo que deveria nos fazer estremecer, que nos deveria fazer ababelar. A gente vive na paranoia de que algo de ruim está por vim, e não conseguimos aceitar que uma vez na vida as coisas estão dando certo. Então, causamos canseira na vida com essa tolice, com toda essa babaquice. A gente sufoca, sonega, oculta, tudo dentro da gente, por medo de ser feliz. Por medo de nos permitir ser feliz. E foi só isso que conseguimos: acabar com tudo, porque procurávamos o que não existia. Se eu te falar que ainda lembro do primeiro dia que te conheci, você acredita? Do primeiro dia em que tive certeza de que era você. Era você, com aquela sua camisa preta, barba e ray-ban. Era você, eu tinha acabado de perceber, de encontrar. Mas por onde você anda agora? Não somos mais nem amigos, colegas, conhecidos. Por que você não me telefona e diz que não tá bem? Que também sente minha falta? Por quê?
Eu lembro, nitidamente, da primeira carta que escrevi pra você. Era uma melancolia e medo de tudo isso que agora é real, nos primeiros segundos que ficamos juntos. Ela falava bem assim: ”São seus abraços, seu sorriso, até mesmo seu sarcasmo. É a soma, é a multiplicação. É o acréscimo que me tornei com você, é a divisão dos problemas. É todo esse cálculo matemático que nos tornamos. Mas é também o poema, a música, o êxtase. É morfina. São as palavras rimadas e as variações. É um todo. É um nada. É o avesso, mas também é o lado certo. É a história do ontem. A nossa história. A geografia do teu corpo, a ciência dos nossos atos. É impacto. É linguagem. É o teu inglês inventado, é a circunstância variada. É a contradição que tanto faz sentido, é a confusão que nos traz paz. É o abismo que nos leva até o alto. É a minha filosofia, é a tua ideologia, é a nossa junção. É você, sou eu, somos nós. Tudo conjugado na primeira pessoa do plural.” Parece que eu ainda tô vendo o seu sorriso ao ler isso. Mas agora, talvez só agora, eu tenha percebido que você não era tudo isso. Que você não era exatamente com quem eu deveria estar. Talvez o cara certo esteja por aí, me procurando, e eu nem tenha notado porque só conseguia te observar. Talvez ele seja o carinha da padaria ou aquele vendedor da Chilli Beans. Talvez até seja um vizinho. Ontem eu vi um moço aqui no prédio. Eu nem sei dizer a quanto tempo ele estava morando aqui, mas sei que hoje eu reparei nele. Reparei na forma como ele sorriu, de um jeito diferente do seu, mas que me causou uma tremedeira de outro mundo. Ele tinha algo especial. De repente era a forma dele andar com aquele violão nas costas, ou ainda os olhos dele. Ele sorria pelos olhos. Hoje, pela segunda vez, eu o vi. Ele falou comigo. Ele e eu, eu e ele, era uma timidez absurda, mas que dava certo. Causava aquela ideia de ”borboletas no estômago”. Será que eu já tô te esquecendo? Será que ele era o cara certo? Pra ser sincera, não faço ideia do que é ou deixa de ser, mas tenho certeza que de alguma forma, ele me faz querer te esquecer. Talvez seja a poesia dele, a voz rouca ou ainda um sinal no canto da boca. Mas eu tenho medo, no fundo, eu tenho medo. Vai que ele é que nem você, que eu também sou só uma desculpa pra ele. Ou pior, o que você pensaria me vendo assim? Talvez eu esteja sendo rápida demais te esquecendo, talvez eu tenha achado-o como desculpa pra te esquecer. Será que as coisas ainda giram em torno de você? Será que eu já te esqueci e aniquilei? Depois de trinta dias chorando, eu sinceramente, espero que sim. Pior, eu espero que você já tenha um outro alguém que te faça feliz de uma forma que eu não consegui. Parece loucura, e talvez seja mesmo, mas é isso que te desejo. Parece que todo o meu rancor e ódio que sentia por você acabaram, sumiram. Eu acho que finalmente fui capaz de entender tudo. Tenho certeza de que o tempo juntos foi bom, foi suficiente, mas tinha que acabar. Já estava entre o morno e o frio. Foi melhor pra você e foi melhor também pra mim. Não foi fácil entender. Tive que passar por poucas e boas até chegar a essa conclusão. Quer dizer, eu não posso passar a vida toda chorando por você, não é mesmo? Eu não posso e nem quero mais. Já chorei o que tinha que chorar, sequei. Eu sei, por mais que eu tenha tentado negar, você sempre teve um outro alguém em mente. Você só me queria como amiga, ou como alguém pra acabar com uma dor passada sua. E eu acho que eu também te queria, porque via em você algo que nunca vi em outro cara. Mas eu não quero e não posso mais ser só uma anestesia na sua vida. Sabe, essa história de ser só desculpinha dos outros, de não ser um tudo de alguém… não quero que isso entre na minha biografia. Eu só quero alguém que me faça entender que sou especial, que me ame na mesma medida que eu costumo amar. Eu sou boba por me apegar tão fácil às pessoas, por acreditar que elas também me amam. Eu ainda não aprendi a diferenciar entre ”gostar” e ”amar”, e é por isso que eu me ferro tanto. Mas afinal, o que é o amor? É criar melodias, é manter saudade, é compartilhar? Eu não sei, depois de tudo, eu ainda não sei te dizer o que é. Só sei que sinto - e como sinto. Mas explicação alguma cabe dentro de mim, e um dia, se eu chegar a entender, acho que já vai ser tarde de mais. E já me adiantando: prefiro ser essa sanfona de desentendimento, mas que soa qualquer tipo de amor.
 
Carolina F.

10.6.13

As tatuagens do Johnny Depp

“Sempre entendi a tatuagem como uma forma de arte e todas as vezes a fiz com essa intenção, como um registro daquilo que sou, uma espécie de diário. O corpo da gente é nosso diário.” - Johnny Depp
 
 
Muitas de suas tatuagens tem sido feitas pelo tatuador Jonathan Shaw, que além de tatuador é escritor, pintor.. É um artista que viaja o mundo, um escritor, blogueiro, entre outras coisas. Um tatuador lendário e famoso criador de arte underground. É de New York mas vive no Brasil, sim, no Rio de Janeiro. Quem sabe um dia Johnny não vem visita-lo? Até o momento ele possui mais de 30 tatuagens.
 
 
 
1- Índio Cherokee Localizado no bíceps direito, Johnny tem uma cabeça de um chefe índio Cherokee. Consta que essa foi a primeira tatuagem, e datada de 1980. Tributo aos seus ancestrais, sua avó era Cherokee.
 
 
 
2- Betty Sue
Johnny tem o nome “Betty Sue” tatuado dentro de um coração em seu bíceps esquerdo. É uma homenagem à sua mãe. Foi feito em 31 de maio de 1988. Feito por Jonathan Shaw
 
 
 
3- Wino(na) Forever Fevereiro de 1990 – tatuagem feita por Mike Messina.
Em seu braço direito, acima da cabeça Cherokee, há um banner com as palavras “Wino Forever”. Originalmente era “Winona Forever”, dedicado à sua então namorada Winona Ryder. Quando eles se separaram, ele alterou, removendo as duas últimas letras, em 1994.
 
 
 
4 – Número Três. Na mão esquerda entre o polegar e o dedo indicador, feito algum tempo depois de 01 de fevereiro e antes de 21 de março de 1994.
 
"Três é um número da sorte especial pra mim. Ele é um número muito criativo. Triângulo, você sabe, como duas pessoas fazem outra pessoa. Três é um número místico mágico” – Johnny Depp.
 
 
 
5 – Três retângulos Dedo indicador direito – Provavelmente feito por Jonathan Shaw em algum momento entre 06 de setembro e 13 de setembro de 1994.
Talvez o mesmo significado se aplique aos três retângulos que Johnny tem em seu dedo indicador direito como faz o número 3 em sua mão.
 
 

 
6 – Lily-Rose
Após o nascimento de sua filha Lily-Rose Melody, Johnny tem o nome dela tatuado no lado esquerdo do peito perto de seu coração. Feito por Jonathan Shaw novembro 1999.
 
 
 
7 – Pardal e Jack
Braço direito inferior e feito depois de fevereiro 2003 e antes de Maio de 2003 por Mark Mahoney. Esta é a tattoo vista no filme Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra, como uma assinatura do capitão pirata Jack Sparrow. Era uma pintura, mas tornou-se uma tatuagem definitiva após a conclusão do filme com uma diferença – a andorinha voa na direção dele. De acordo com ele, ela tem o nome de seu filho, Jack. Johnny declarou que ele fez a mudança para a direção da andorinha, porque:
 
“Você tem que tê-lo voando em sua direção. Ele tem que sempre voar de volta para você.”



 
8 -Triângulo invertido
Em seu braço esquerdo acima de “Betty Sue”, Johnny tem um triângulo invertido preto. Não sabemos o que significa para ele, mas um triângulo invertido é geralmente um símbolo do feminino, de um coração ou uma expressão do amor romântico.
O triângulo invertido é uma pintura de Chasnik. Pintor Russo e um dos mais expressivos pintores da arte do Suprematismo Russo.
- Feito provavelmente no verão de 1993 por Jonathan Shaw.
 
 
 
9 e 10 – O Bravo e Ponto de interrogação “?”
O símbolo Bravo – feito por Jonathan Shaw algum tempo depois de Cannes, em maio de 1998 e antes de Março de 1999.
Este é um símbolo usado e visto em várias cenas do filme O Bravo, que Johnny dirigiu e estrelou. Está no interior de seu braço inferior direito.
 
 
 
11 – Interrogação na perna
Um ponto de interrogação com um x é tatuado na parte interna da perna. É o mesmo ponto de interrogação como no símbolo Bravo. Feita por Jonathan Shaw, ambos tem a tatuagem.- 1991 – feito por Jonathan Shaw.
 
 
 
12 – Silence, Exile, Cunning
Esta foi vista pela primeira vez no MTV Movie Awards, em junho de 2008. Localiza-se no interior de seu braço inferior esquerdo.
É de uma frase do livro “Retrato do Artista Quando Jovem”, do autor James Joyce.
“Eu irei lhe dizer o que eu irei fazer e o que eu não irei fazer. Eu não servirei aqueles no qual não acredito mais, mesmo que se intitulem minha casa, minha cidade natal ou minha igreja: e eu tentarei me expressar [viver] de uma forma mais livre e completa possível [através da arte], usando em minha defesa as únicas armas que eu me permito usar – silêncio, exílio e astúcia”.

 
13 – Três corações
Em abril de 2009 durante as filmagens de The Rum Diary, em Porto Rico, três corações foram observados no tríceps do braço esquerdo de Johnny. Quando Johnny foi questionado sobre o significado dessa tatuagem durante uma entrevista promovendo Public Enemies, ele apontou para cada coração, por sua vez e disse: “Vanessa, Lily-Rose, Jack”. 
 
 
 
14 e 15 – Caveira e ossos cruzados e “DEATH IS CERTAIN”
Do lado de fora de sua perna direita, Johnny tem uma tatuagem de uma caveira e ossos cruzados com as palavras “a morte é certa” sob ela.
Feita por Jonathan Shaw talvez entre final de 1993 e início de 1994.
Jonathan Shaw, amigo e tatuador de Johnny, conta uma história sobre essa tatuagem:
“Nós éramos como uma gangue nos anos 90, eu, Johnny, Jim Jarmusch e Iggy Pop. Nós até nos intitulávamos “Death is Certain Club”. Todos nós usávamos os mesmos anéis de caveira e tínhamos a mesma tatuagem. Uma caveira com os dizeres “Death is Certain”, todos nós, com exceção de Iggy temos essa tatuagem.
Ele conta ainda que Iggy Pop deu a ideia de fazer a tatuagem, e que ele escreveu uma música com o título “Death Is Certain” e na capa do álbum há uma foto focalizando bem seu anel de caveira em sua mão.
 
 
 
16 – Marcas desconhecidas 3 pontos – feito antes de fevereiro de 2003.
Algo parecido com três listras verticais ou três pontos são encontrados no interior de sua perna esquerda.
 
 
17 e 18 – Retratos Percebidas pela primeira vez nas fotos da conferência de imprensa da Film Festival 2010 Kustendorf, ambos os antebraços aparecem tatuados com retratos.
Em uma entrevista com Patti Smith para a edição de janeiro de 2011 a revista Vanity Fair, Johnny identificou o retrato em seu braço direito como Jim, seu avô amado.E durante uma conferência de imprensa para Piratas do Caribe: No Stranger Tides, ele foi questionado sobre as tatuagens. Ele identificou o retrato em seu braço esquerdo:

“É a minha mãe. Ela era uma garçonete no Holiday Inn em Kentucky Este é o retrato dela quando garçonete…”
Ele ainda acrescentou que representa a origem simples e o quanto a mãe batalhou pra sustentar a familia. Feito por Mark Mahoney antes de janeiro de 2010.


 
19 -Gonzo Visto pela primeira vez em 22 de junho de 2010, sem as palavras abaixo e acima do símbolo.
Situada na canela esquerda de Johnny, um símbolo associado a Hunter S. Thompson, o pioneiro do jornalismo Gonzo e amigo íntimo de Johnny. Este símbolo foi usado originalmente na campanha de Thompson 1970 para xerife de Aspen, Colorado.
 
20- Dois meses depois, percebeu-se que algumas palavras foram adicionadas acima e abaixo do punhal.(Gonzo) Vistas em 14 de agosto, 2010
 
 
 
21– Salve Ogum Em 2010, uma nova tatuagem foi vista no antebraço esquerdo de Johnny. É semelhante a uma caveira com ossos cruzados, que inclui as palavras Salve Ogum, acima e abaixo do desenho. Ogum é um outro nome para São Jorge, o protetor dos lares e da família.
 
 
 
22 – Caveira e ossos cruzados Crânio preto e ossos cruzados . Curiosamente percebemos uma tatuagem igual a esta no braço do cocheiro no filme Piratas do caribe 4, quando Cap. Jack foge do Palácio do Rei.
Tatuagem no interior do braço direito de Johnny foi observada pela primeira vez em meados de agosto de 2010.
 
 

 
23 – Corvo -Esta apareceu em agosto de 2011, próxima da mão esquerda, na parte posterior.
A tattoo é de uma ave, um tipo de corvo, segurando cartas e é o desenho da caixa de um jogo de cartas chamado “Rook Card Game”. Sendo que essa ave segura cartas onde o 2 é a primeira carta, mas Johnny mudou para a carta de número 3. Esse jogo é popular no Kentucky, estado onde o Johnny nasceu.
O Johnny comentou que era um jogo que seu avô Jim jogava muito, por isto ele desenhou o corvo.
 
 
 
24 – Hexagrama
Em meados de outubro de 2011, Johnny foi visto com uma nova tatuagem na parte posterior de seu braço direito. Observamos que Damien, um dos rapazes acusados de assassinato no caso do West Memphis, também tem uma tatuagem dessas. Sabemos que Johnny foi a público mostrar sua opinião sobre o caso, e defender Damien.
Feito por Mark Mahoney em 12 de outubro de 2011
O que nós conseguimos descobrir é que parece ser um hexagrama que cruza vento e céu, cujo significado é:
Vento sobre o céu – Forçar o seu caminho só trará desgraça. Manter o foco em seu caminho e remover obstáculos com ações genitais. Olhar para o longo prazo. Plantar as sementes corretas agora para uma colheita no futuro. Cultivar a paciência, tolerância, adaptabilidade e desapego. Aceitar que tudo que você pode fazer é mudar a si mesmo. 



 
 
25 – Chave de caveira
Em abril de 2012, Johnny apareceu com uma tatuagem com forma semelhante a uma “chave de caveira” no antebraço esquerdo, próximo ao pulso. Alguns meses depois, Damien Echols, comentou um pouco sobre essa tatuagem:
Para mim, quando eu era criança, pensava que uma chave-mestra pode literalmente abrir qualquer porta. Então, se você já tem em suas mãos uma chave-mestra, nenhuma barreira poderia segurar você.
Parecia uma coisa incrivelmente mágica. Para mim, agora, é
o que ela ainda representa. 
Fizemos [ele e Johnny] a tatuagem simultaneamente. Ele estava em Los Angeles e eu estava em Nova Iorque e estávamos ao mesmo tempo no telefone, e enviávamos fotos um para outro mantendo controle no progresso e tudo mais.
 
 
 
26 – No Reason -Com os dizeres “NO REASON” em letras maiúsculas, no interior do pulso direito – visto pela primeira vez no CinemaCon em 24 de abril de 2012. Marilyn Manson tem uma idêntica no mesmo local.
 
 
 
27 – Talismã
Durante a pré-estreia de “Sombras da Noite” no Japão, em maio de 2012, vimos uma nova tatuagem no tórax de Johnny, à direita. Alguns meses depois Damien Echols, falou sobre essa tatuagem, que seria um talismã desenhado por ele:
Esse, eu realmente tenho, com Johnny Depp. Ela diz “irmão” do lado de fora e meu nome e o nome dele no meio dela. Mark Mahoney (tatuador da Shamrock, LA e amigo de Johnny)
Em volta do círculo está escrito em alfabeto Wicca, o alfabeto milenar usado pelas bruxas Wicca.
E Johnny disse recentemente:
“Esta Damien projetou. É uma das minhas favoritas, e significa muito para mim”


 
28 – Raio Em maio de 2012, no período no qual filmava “The Lone Ranger, Johnny foi adotado pela Nação Comanche, através de uma cerimônia no Novo México. Depp recebeu o nome comanche “Mah Woo May”, que significa “aquele que se modifica”. Nas fotos dessa cerimônia nós vimos uma nova tatuagem em sua mão esquerda. Alguns meses depois Damien Echols, falou que também tem uma tatuagem como essa, em homenagem a Johnny:
Também tenho essa na mão esquerda em homenagem ao meu querido amigo (Johnny) que foi trazido para a Nação Comanche.
O mesmo desenho aparece no rosto de Johnny no personagem William Blake de Dead Man.
 
 
 
29 – Menino Guitarrista No início de agosto de 2012, enquanto tocava com o Aerosmith em Los Angeles, uma fotográfa capturou imagens de uma nova tatuagem na parte posterior do braço esquerdo de Johnny. Algumas semanas depois, Bill Carter (músico e amigo de Johnny) divulgou uma foto em seu facebook mostrando que compartilha essa mesma tatuagem com Johnny, no outro braço. Disse ainda que o desenho foi feito por Jack, filho de Johnny, e a tatuagem foi feita no Southside Tatttoo, em Austin, no Texas.
Bill Carter foi um dos integrantes da banda P, da qual Johnny também fez parte, é um dos padrinhos de Jack, compôs a música Paris, para Lily-Rose, no dia em que ela nasceu. Portanto, são grandes amigos, e o desenho de Jack deve ter um significado muito especial. Johnny ainda não falou sobre essa tatuagem.
 
 


 30 – Ave No dia seguinte ao Festival de Toronto, 08/09/2012, divulgando o documentário WM3, Johnny fez esta tatuagem na mão direita.
Ainda não sabemos o significado dela, só que ela foi feita na mesma tarde com mais 4 amigos: Joel Harlow, Keenan Wyatt, Bill Carter, e Damien.
Certamente está relacionada ao corvo, homenageando os índios americanos em mais uma causa que Johnny está abraçando este ano, e/ou ao WM3.
 
 
 31 – Serpente Johnny fez mais uma tatuagem, e foi vista nesta foto no Comanche Nation Fair 2012, em Lawton, Oklahoma no dia 29/09/2012.
Desta vez é o símbolo da serpente e é logo abaixo do tatuagem do Jack, no braço direito. Ele tem um colar com o mesmo símbolo, comum no folclore nativo americano.
Entre os povos indígenas, cobras e relâmpagos são equiparados a chuva e simbolizam, portanto, a fertilidade.

 
32. Escudo Comanche - Esta tatuagem está localizada na sua canela direita e foi feita em homenagem a sua aprovação para a tribo indígena comanche.
 
 
 
33. Les Fleurs du Mal 
 
Esta tatuagem foi feito segunda-feira, 23, 2012. "(...) O roqueiro e astro de Hollywood assinou um novo capítulo em sua amizade de longa data, obtendo enormes tatuagens correspondentes, diz Darryl Sterdan.
"Nós dois temos a mesma coisa", diz Mason. "Foi muito doloroso, mas agradável. É uma tatuagem gigante de uma árvore e um esqueleto que cobre toda a minhas costas. É de Flores do Mal de Baudelaire. É um dos meus livros favoritos. "

Pudemos ver a tatuagem pela primeira vez, enquanto os refilmagens para o Lone Ranger foram feitas no final de setembro de 2012, em que Johnny nos mostrou suas costas nuas
 
 
 
 
Curiosidades:

Não é uma tatuagem de Johnny, apenas do personagem Jack Sparrow
Em Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, na cena dos Vários Jack, aparece um Jack de costas com uma tatuagem enorme.
Essa tatuagem é um trecho do texto DESIDERATA,  que significa "aspirações" em latim, de Max Ehrmann.

 


A DESIDERATA
Por Max Ehrmann em 1920.
Vá placidamente por entre o ruído e lembre-se da paz que pode haver no silêncio. Na medida do possível, sem capitular, esteja de bem com todas as pessoas. Fale a sua verdade calma e claramente; e escute os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes, eles também têm sua história. Evite pessoas barulhentas e agressivas; elas são vexatórias ao espírito.
Se você se comparar com os outros, pode se tornar vaidoso ou amargo, porque sempre há pessoas superiores e inferiores a você.
Desfrute suas conquistas assim como seus planos. Mantenha-se interessado em sua própria carreira, ainda que humilde, é um ganho real na fortuna cambiante do tempo.
Tenha cuidado em seus negócios, pois o mundo é cheio de artifícios. Mas não deixe que isso o torne cego à virtude que existe; muitas pessoas lutam por altos ideais e em toda parte a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo. Sobretudo, não finja afeição, nem seja cínico sobre o amor, porque em face de toda aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva. Aceite gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência às coisas da juventude. Cultive a força do espírito para proteger-se num infortúnio inesperado.
Mas não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão. Além de uma benéfica disciplina, seja bondoso consigo mesmo. Você é um filho do universo nada menos que as árvores e as estrelas; você tem o direito de estar aqui. E se é ou não é claro para você, sem dúvida o Universo se desenrola como deveria.
Portanto, esteja em paz com Deus, independente da maneira que você O conceba. E os teus trabalhos e aspirações, na agitada confusão da vida, mantenha a paz em sua alma.
Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos, este é ainda um mundo maravilhoso.

 

“Meu corpo é meu diário e minhas tatuagens são minhas histórias”
— Johnny Depp