Às vezes quando vejo partes suas, sinto vontade de voltar a ser aquela velha menina de antes. Uma boba apaixonada pelo menino mais bonito e popular da escola. Clichê não? Mas esse é o verdadeiro roteiro da vida. Cheio de clichês, é inevitável. Você era apenas um ano mais velho do que eu, mas me encantava de uma maneira surpreendente. Você me irritava e eu gostava disso, eu gostava de você. Gostava dos seus sorrisos durante a tarde, gostava dos seus abraços pela manha e gostava do gosto do seus beijos todas as noites. Você era tudo isso. Você foi o primeiro amor daquela menina boba. E hoje apenas alguns anos depois ela ainda pensa em você antes de adormecer.
20.6.11
18.6.11
Marcante
E o seu cheiro já de espalhou por tudo que é meu. A lembrança do seu perfume forte e marcante já não sai do meu pensamento. Minhas roupas já não tem mais o cheiro do meu perfume, agora é só o seu que predomina. Horas abraçados da nisso. Eu amo esse teu cheiro gostoso, eu amo você.
17.6.11
Inexplicavel
Eu mostro a língua, às vezes falo palavrões, eles escapam. Eu te protejo, te faço rir, e te entendo. Eu falo um monte de besteira e adoro quando me escutam. Sei amar, sei ser amiga, sei ser de tudo um pouco. Não é através de palavras que expresso o meu amor, eu digo a verdade nas ações. Eu sou maluca, mas com o tempo você se acostuma. Tenho um coração enorme. Gosto de ajudar. Nunca penso com a razão, sempre com o coração. Muitos sabem da minha vida. Mas ninguém sabe o que eu sinto. Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por detrás dele. Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles para quem digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras. Nem sempre coloco em pratica
aquilo que acho certo.. Sou louca pelos meus filhos e coloco eles sempre a frente de tudo e todos...A todos trato muito bem sou cordial, educada, quase sensata, mas nada me dá mais prazer do que ser persona non grata, expulsa do paraíso uma mulher sem juízo, que não se comove com nada, cruel e refinada que não merece ir pro céu, uma vilã de novela, mas bela, e até mesmo culta, estranha, com tantos amigos, amada, bem vestida e respeitada aqui entre nós, melhor que ser boazinha é não poder ser imitada.
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15.6.11
Aprendendo
Depois de algumas decepções, seu inconsciente criará algumas regras, uma espécie de limite para seus sentimentos, isso pode parecer estranho para você, mas seu inconsciente pode estar fazendo isso neste exato momento. Por mais que esteja apaixonada e evolvida, não deixara que o amor cheque ao seu coração, é criado uma espécie de barreira, entre o que se pode ver e tocar com os olhos abertos, com o que se tem saudade, com os olhos fechados. Você pode ser imunizada a cafajestes e conquistadores, mas não se esqueça de uma coisa…você só fica imunizada do veneno, quando o prova.
- Depois Dos Quinze
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13.6.11
Explosões
Não tenho nada a ver com explosões”, diz um verso de Sylvia Plath. Eu li como se tivesse sido escrito por mim. Também não faço muito barulho, ainda que seja no silêncio que nos arrebentamos.
Tampouco tenho a ver com o espaço sideral, com galáxias ou mesmo com estrelas. Preciso estar firmemente pousada sobre algo — ou alguém. Abraços me seguram. E eu me agarro. Tenho medo da falta de gravidade: solta demais me perco, não vôo senão em sonhos.
Não tenho nada a ver com o mato, com o meio da selva, com raízes que brotam do chão e me fazem tropeçar, cair com o rosto sobre folhas e gravetos feito uma fugitiva dos contos de fada, a saia rasgando pelo caminho, a sensação de ser perseguida. Não tenho nada a ver com cipós, troncos, ruídos que não sei de onde vêm e o que me dizem. Não me sinto à vontade onde o sol tem dificuldade de entrar. Prefiro praia, campo aberto, horizonte, espaço pra correr em linha reta. Ou para permanecer sem susto.
Não tenho nada a ver com boate, com o som alto impedindo a voz, com a sensualidade comprada em shopping, com o ajuntamento que é pura distância, as horas mortas desgastando o rosto, a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.
Não tenho nada a ver com o que é dos outros, sejam roupas, gostos, opiniões ou irmãos, não me escalo para histórias que não são minhas, não me envolvo com o que não me envolve, não tomo emprestado nem me empresto. Se é caso sério eu me dôo, se é bobagem eu me abstenho, tenho vida própria e suficiente pra lidar, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesma.
Não tenho nada a ver com cenas de comerciais de TV, sou um filme sueco, uma comédia britânica, um erro de adaptação, um personagem que esquece a fala, nada possuo de floral ou carnaval, não aprendi a ser festiva, sou apenas fácil.
Não tenho nada a ver com igrejas, rezas e penitências, são raros os padres com firmeza no tom, é sempre uma fragilidade oral, um pedido de desculpas em nome de todos, frases que só parecem ter vogais, nosso sentimento de culpa recolhido como um dízimo. Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei.
Não tenho nada a ver com galáxia, mato, boate, a vida dos outros, os comerciais de TV e igrejas. Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
Minto, tenho tudo a ver com explosões.
- Martha Medeiros
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