11.7.12

Da sua eterna amante



Faziam o que? 6 meses que a gente não se via? Acho que era mais ou menos isso, não era? Eu estava na praça com mais algumas amigas, quando uma delas se distancia da gente para falar com alguém que estava vindo em nossa direção. 

Meu astigmatismo não me deixou identificar que aquele alguém era você, você com sua blusa rosa, seu perfume masculino que era igual ao meu e as suas tatuagens. Quando eu já tinha notado a sua presença você abre os braços como se quisesse que eu fosse envolta neles, até que você me pega pela cintura com um braço apenas, enquanto o outro esta na cintura da outra garota que foi de encontro a você.

- O que você quer? - Eu disse.
- O que eu quero? Queria falar com você, eu vim aqui só para isso, mas depois de uma dessas vou falar com todas, menos você! - Você disse num tom ofendido e irônico.
- Tá. - Eu disse me desvencilhando do seu braço.
- Ei... Volta aqui, eu estava só brincando. - Você disse enquanto abraçava-me por trás.

Você me abraça apertado e me beija a bochecha, a cabeça e o pescoço, sendo o ultimo meu ponto fraco. E em consequência, isso me arrepia. Você me faz ficar cara a cara contigo, me olha nos olhos e ri.

- Tenho que ir. Foi bom te ver! -Você diz.

Você se vira e volta na direção de onde você veio e eu sigo andando de encontro as outras sem olhar para trás, preferindo a incerteza do seu olhar do que a certeza da ausência deles. Foi bom te ver também, pensei. 

Chegando em casa fui escrever mais uma vez, inevitavelmente, sobre mais um capítulo que é adicionado a nossa história e em consequência desse mais novo capítulo que se inicia e que eu resolvi por em palavras no meu caderno de capa azul, já passam das 2hrs da madrugada. 

Então, pequeno te desejo uma boa noite.

Com carinho e não mais amor. Da sua eterna amante.


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