30.8.13

Desculpe-me



Expressão ora tão banal, ora quase impossível. Uns acreditam em perdão parcial, outros em mudanças radicais. Eu só não acredito em um perdão: aquele vindo de nós. Para perdoar, é preciso nutrir qualquer tipo de afeto, isso é fato. E quando olhamos depressa demais pra tudo o que aconteceu, culpamos a nós, mas nunca aquela pessoa que permanece no pedestal de cristal que criamos dentro de nossos guarda-roupas.

Muitas vezes, nada nem aconteceu. Mas somos eternos insatisfeitos, não? Quando temos, encaramos como se fosse algo banal. Quando alguma coisa sai do lugar, precisamos, de um jeito ou de outro, tê-la de volta.

É como se aquela fotografia que durante anos permaneceu sob sua penteadeira, e você já estava até pensando em trocar, rasgasse e só depois de desbotada e partida você se lembrasse do quão significante fora o momento retratado pra você. O que acontece, na verdade, é que por não possuirmos qualquer tipo de máquina do tempo, as frustrações ficam conosco, e para os outros (mesmo que esses sejam os responsáveis), deixamos o amor que ficou. Amor esse que já não temos mais pelo espelho ou por hábitos que costumavam nos agradar.

A questão não vai muito além do nosso nariz: o grande motivo dessa impiedade toda é o fato de não nos amarmos o suficiente para nos perdoar. Não é auto-estima ou crise de identidade: são receios de passos incertos. De tentar e falhar de novo.

Mas como vamos chegar ao “certo” hesitando?

Acalme-se: as coisas podem não ser as mesmas, mas basta ter a consciência de que um dia te pertenceram.

Desculpe-se apenas pelo transtorno, afinal, estamos sempre em construção.

28.8.13

20 frases para vocês se inspirarem





“Eu sou assim, ligada na tomada. Sempre querendo encontrar uma razão pra tudo. Pessoas como eu sofrem mais. Se decepcionam mais. Por outro lado, crescemos. Evoluímos. Amadurecemos. Nada é estático em nossas vidas. Nada é à toa. Tudo ganha uma compreensão, tudo é degrau, tudo eleva.”
— Martha Medeiros


“Homens engraçados são sempre os melhores partidos. Eles podem ser médicos, roteiristas, jornalistas, artistas plásticos, advogados… Não importa. O homem que faz uma mulher rir não é conhecido por uma profissão mas sim pela expressão “foi o melhor namorado que já tive.”
— Tati Bernardi.


“Geralmente, quando uma pessoa exclama “Estou tão feliz!”, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.”
— Martha Medeiros.


“Me dê noticia de você, eu gosto um pouco de chorar, a gente quase não se vê, me deu vontade de lembrar. Me leve um pouco com você, eu gosto de qualquer lugar, a gente pode se entender e não saber o que falar. Seria um acontecimento, mas lógico que você some, no dia em que o seu pensamento me chamou; eu chamo o seu apartamento, não mora ninguém com esse nome, que linda a cantiga do vento; já passou. A gente quase não se vê, eu só queria me lembrar, me dê noticia de você, me deu vontade de voltar.”
— Chico Buarque.


Na convivência, o tempo não importa. Se for um minuto, uma hora, uma vida. O que importa é o que ficou deste minuto, desta hora, desta vida. Lembra que o que importa é tudo que semeares, colherás. Por isso, marca a tua passagem. Deixa algo de ti, do teu minuto, da tua hora, do teu dia, da tua vida.
— Mário Quintana


“Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um.”
— Fernando Pessoa


“Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente pela saída da porta dos fundos. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui.”
— Clarice Lispector, A hora da estrela.


“Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.”
— Caio Fernando Abreu


“Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho… Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.”
— Mário Quintana


“Se ao menos fosse possível dizer que te vi com os olhos da alma, você entenderia os meus suspiros insolentes e os olhares perdidos no céu. Você entenderia que peço “fica”, que digo “vem”, que chamo o teu nome baixinho que é para a vida não nos estragar. Se você entendesse as minhas formas bonitas de te ver sem te saber, viria.”
— Camila Costa.


“Ontem eu vi uma menina de cinco ou seis tendo um de seus primeiros desejos latentes negados: um sorvete num parquinho meio vazio, aspirando brisa, com os cabelos finos desgrenhados pelo vento frio. Meninas são isso: fadas chorosas por sorvete fora de época, e não consigo lembrar, mais ou menos, o dia em que nós rapazes perdemos a conta disso e passamos a negar todos os sabores.”
— Gabito Nunes.


O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz a gente se sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece. Mesmo assim o amor é só resultado de um encontro casual. A maioria das pessoas explora isso demais!” 
— Charles Bukowski


“Eu sou feita de sonhos interrompidos, detalhes despercebidos, amores mal resolvidos. Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão. Sinto falta de lugares que não conheci, experiências que não vivi, momentos que já esqueci. Eu sou amor e carinho constante, distraída até o bastante, não paro por instante. Já tive noites mal dormidas, perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas não-prometidas. Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar, pensei em fugir para não enfrentar, sorri para não chorar. Eu sinto pelas coisas que não mudei, amizades que não cultivei, aqueles que eu julguei, coisas que eu falei. Tenho saudade de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo, amigos que acabei perdendo. Mas continuo vivendo e aprendendo.” 
— Fernanda Mello


“Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo, aceitar é ser feliz.”


“Eu sou uma eterna apaixonada por palavras. Música. E pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono. Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida. Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece.”


“Me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida. Explicação mesmo, eu sei: não há. E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe. E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: O que eu quero mesmo?”


“Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E – sem saber – busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir… Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem – na verdade – a gente é.” 
— Tati Bernardi


“Na mulher interessante a beleza é secundária, irrelevante e até mesmo desnecessária. A beleza morre nos primeiros quinze dias, num insuportável tédio visual. Era preciso que alguém fosse de mulher em mulher anunciando: ser bonita não interessa, seja interessante.”


"O tempo nem sempre cura tudo. Tenho feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em latejar quando o dia está nublado. Tenho mágoas que já foram superadas, mas se lembro bem, se lembro forte, se penso nelas eu choro. E o choro dói, dói, dói como se fosse ontem. Tenho vontades que nunca passam. Tenho uma tara por chocolate e queijo que nunca saiu de viagem. Tenho mania de escrever em blocos e ter pelo menos dois deles sempre dentro da bolsa. Tenho sentimento de posse, tenho ciúme, tenho medo de perder quem é essencial na minha vida. Tenho medo de me perder, por isso acendo todas as luzes." 
— Clarissa Corrêa


"Sou complexa, sou mistura. Sumo, surto, vou embora, apareço do nada. Odeio a falta de oxigênio das obrigações, encurto conversas bestas, estendo um bom drama. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar. Não me doo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou isso hoje, amanhã já me reinventei."
— Isabelle Duarte


“Todos nós achamos que seremos grandes e nos sentimos um pouco roubados quando nossas expectativas não são alcançadas. Mas as vezes as nossas expectativas nos mostram que nos subestimamos. As vezes, o esperado simplesmente perde importância comparado ao inesperado. Você passa a se perguntar porque se apegou a suas expectativas, porque o esperado é o que nos mantém estáveis. Equilibrados. Tranquilos. O esperado é somente o começo, o inesperado é o que muda nossas vidas.”
— Grays Anatomy