7.1.13

Sobre paz a beira d'água


Essa história de projeto verão, vulgo: sol, praia, mar e curtição nunca foi muito a minha cara. Até os 12 eu ia à praia com a família por obrigação, até os 16 eu ia com os amigos por consideração e agora depois dos 18 eu vou por libertação. Minha fase de gostar de praia quando era mais nova era só para ser contraditória, já que eu odiava aquelas algas se enroscando nos meus pés e eu era proibida de passar de onde a água batia nas minhas coxas. Já na adolescência eu já tinha certeza absoluta de que sol era a ultima coisa que eu precisava, ainda mais quando eu corria o risco de virar um bife a milanesa com toda aquela areia entrando em lugares difíceis de sair, que dirá minhas unhas e meu cabelo, então se resumia a acompanhar os amigos, só em ultima instancia, quando não me restava mais opções. Agora depois dos 18 meu sinônimo de praia é sol frio, belas fotografias, calmaria e uma ótima leitura. Sair de casa numa manha de inverno, munida de canga, câmera, óculos de sol e o livro do dia, abrir minha canga e me acomodar embaixo de algum coqueiro centenário e devorar alguns capítulos do livro, depois aproveitar a boa luz do dia para registrar algumas singularidades e depois do meio dia voltar para casa com a sensação de renovação.

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