12.1.13

Quando o querer vira sinônimo de não poder




Eu amo minha mãe e ponto. Porque mãe é aquele tipo de pessoa que a gente ama mesmo não sabendo o porque, só tem que se amar. E eu aceito isso. Como qualquer ser humano ela erra, e erra na maioria das vezes por ser cabeça dura. Eu sei que ela só quer o meu bem. Mas eu também, ora. Quem é o ser humano que em sã consciência não quer o melhor pra si. Não sou de facilitar as coisas, sou muito teimosa e cabeça dura. Culpa dela. Mas eu também sou muito conservadora, não saio espalhando para os quatro ventos o quanto certos problemas meus me afetam. Culpa do meu pai. Mas chega uma hora que a  gente não quer mais que isso aconteça. Sem cartas na manga, nem truques muito menos artimanhas. Hora de esclarecer as coisas. Quero me fazer entender, e quero que me escutem sem interrupções. (Comentários são aceitos de bom grado depois que eu terminar meu desabafo.) 

Sou metida a independente muito antes de saber o real significado dessa palavra, mas não posso fazer muita coisa a respeito disso, quando você é filha de pais separados desde os 2 anos  e sua mãe viaja no minimo umas 5 vezes no ano, é isso que acontece. Independência antes da hora prevista. Apesar de que a gente nunca sabe realmente quando essa tal de independência chega, a gente só imagina o suposto "tempo certo". E quanto mais o tempo passava menos necessidade eu tinha de pedir ajuda, faz parte. Mas quero me manter assim, não é assim que eu sou? Ou não foi nisso que eu fui obrigada a me tornar? Então. Não custa nada, pelo menos nada sentimental, da minha parte é claro. Algum dinheiro gasto a mais no fim do mês comigo, mas espero logo dar um jeito nisso. O mais breve possível! Dar trabalho a alguém nunca foi comigo...

Não gosto de muito barulho, gente que grita então, nem te conto. Acho que quem grita perde a razão. E não vou fingir que a gente não discutia nem nada, porque a gente discutia pra caramba, não tinha um dia sequer que passava em branco, e por mais que começássemos a briga num tom de ironia e em baixa voz sempre terminávamos gritando, e eu odiava isso, ainda mais porque se bobear até os vizinhos participavam da discussão. Ta aí, outra coisa que eu não gosto, gente intrometida. Não gosto também quando duvidam da minha capacidade, sou muito capaz sim! E bem... há quem duvide da minha capacidade de amar e de reconhecer o quanto alguém tem apreço comigo, tenho dificuldade sim, não nego. Mas reconheço, e isso é o que importa. Não é?

Não estou exigindo, muito menos pedindo uma mãe ideal e/ou perfeita. Só estou pedindo alguém que não fique toda hora tomando decisões por mim, como se eu fosse alguém indefesa sem bagagem alguma, já vi muita coisa nesses quase 18 anos, quem muita gente de 30 nem sonha. E definitivamente eu não estou triste, não sou dessas, nem chorosa. Só estou cansada de ver as coisas seguindo por um caminho um tanto quanto incomodo. Só é cansaço mesmo. Não vou dizer que não a culpo por muita coisa, porque eu a culpo sim. E culpo a meu pai também. Mas a pessoa mais culpada dessa história com toda certeza sou eu. Por não ter dado um fim a isso tudo a um bom tempo atrás. 

Eu estou chateada sim, porque essa sou eu. Teimosa, chateada, ranzinza que não consegue reconhecer e dar valor as coisas que tem. E eu não falo isso ironicamente ou para me fazer de coitada. Tá ai a única coisa que eu não sou, coitada. Eu não tenho ansiedade nenhuma em viver intensamente, tenho necessidade mas só de viver. Não necessariamente intensamente. "Live fast. Die Young. Be wild. And have fun!" Não tenha nada de intenso nisso. 

E as coisas nunca são com a gente planejou, essa é a graça da vida. Fazer com que procuremos outro caminho para alcançar o nosso objetivo. O "x" da questão é, o que nos restará fazer quando não sobrar mais caminho algum?!

Um comentário:

Luana Fernandes disse...

Oi adorei o que você escreve, e te indiquei no selinho de indicação no meu blog, http://bdelua.blogspot.com.br/
se curtir as regras estão lá no blog ;) beijo.