22.7.13

Tão natural quanto a luz do dia





E o eu te amo já é proferido em pouco mais de 4 meses de convivência, era certo que a rotina nos tornaria próximos, mas não íntimos, entretanto em menos de um mês eu já era capaz de sentir que a convivência já vinha de anos, sabe? Quando a gente vai se acostumando com a presença do outro e vai se abrindo e se livrando das mascaras sem ao menos se dar conta, não mascaras de gente mal caráter, mas de gente precavida, que se decepcionou e se magoou com quem menos esperava. 

E quando dei por mim já não continha mais minhas risadas e os palavrões, já era eu. Com minhas bochechas apertáveis e a preguiça matinal. Com os fones de ouvido e os óculos escuro. Com meu sotaque de gente que ama sotaque e pega gírias rapidinho. Com mascaras de cílios e sem batom, só com um blush quando dava tempo. E com a habilidade de me identificar um pouco com todo mundo, de ver na menina rica e humilde a bondade exalada, nas palhaçadas dos meninos a felicidade exaltada e nos abraços matinais o afeto permanente. 

Eu te amo!

Assim livre, sem complemento, descrições ou explicações. Só: eu te amo. Eu te amo pelo simples fato de você ser assim desse jeitinho que bate com o meu. Um eu te amo, leve pra espiritualizar qualquer coração durão demais. 

E a proteção exagerada e a muralha vão sendo ruídas aos poucos, e a gente vai recuperando aquela inocência, aquele se permitir, aquele deixar fluir. Porque assim o coração vai voltando a bater sem ser contido ou podado pelo escudo, e ele vai se sentindo livre, feliz e no seu direito de permitir o amor da forma mais pura e singela possível. 

E de cabeça erguida e peito estufado eu digo que to me permitindo cada vez mais.

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