29.12.12

Não tem nada a ver com os caras




E um dia desses me perguntaram qual era a minha banda nacional predileta, e eu sem hesitar nem titubear falei Capital Inicial. Mas logo depois eu lembrei da banda Eva, e do Agridoce e me vi no impasse. Eu acho que eu não gosto das Bandas, eu gosto dos caras. Quando o Dinho Ouro Preto (Capital Inicial) começa a cantar: "Tem 17 anos e fugiu de casa, As sete horas da manha do dia errado..." Com aquele andar dele meio desajeitado e aquele sorriso sedutor, eu fico tentada a me juntar a ele, pular e cantar "O mundo vai acabar e ela só quer dançar...". Mas aí também tem o Martin (Agridoce) com aquela voz rouca e sedutora de um homem que compõe com um copo de whisky do lado. E ainda tem o Saulo (Banda Eva) com aquela cara de melhor amigo pelo qual a gente sempre se apaixona e um jeito todo singular e carinhoso de dizer o quanto especial alguém pode ser. Sem falar nas outras trocentas bandas e dos outros trocentos caras que não saem do repeat do meu ipod. E aí eu vou mais fundo nos pensamentos e vejo que não tem nada a ver com isso. Eu gosto das bandas, sim. Eu gosto das musicas, sim. Eu gosto dos caras, sim. Mas isso tudo porque todos eles me lembram você, me lembram você todo rebelde e tatuado bebendo whisky e tocando umas melodias sem sentido no violão enquanto cantarolava algo me fazendo sentir a garota mais especial do mundo. Tinha algo haver com eles, sim. Mas era mais você, um pouco deles que dava um só você. Um você que é o berço do pecado do qual eu não consigo manter distancia.

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