6.12.12

Os Recomeços




Até hoje eu não queria ter dado um ponto final naquela cidadezinha do interior onde eu cresci... Mas fui obrigada a dar. E fui obrigada também a recomeçar num lugar totalmente novo, onde a maioria das amizades se criava a partir do que você possuía e não do que você era. Obriguei-me a me encher de coragem todas as manhãs nos últimos 7 anos para poder enfrentar tudo o que esse recomeço me proporcionou e aqui estou eu, viva. Alguns arranhões, alguns cortes, algumas decepções mas nada profundo. Algo que eu sempre conseguia recuperar depois de uma noite de choro ou de um final de semana naquela cidadezinha do ponto final. E na semana que se seguia lá estava eu de novo oferecendo a minha cara a tapa e enfrentando todos os empecilhos. E isso não foi de todo mal, me tornei uma pessoa passiva, evitando pancadaria até a ultima instancia. Me tornei mais forte, mais confiante e mais crente no poder que eu tenho de consegui o que eu quero. Me tornei também amiga, conselheira, confidente, irma, mãe, inimiga, fria, estressada e insensível - o que foi uma pena. Mas nem tudo acontece como a gente quer -. Fui alvo de piadas, brincadeiras de mal gosto e preconceito. Mas também fiz alguns alvos, tudo o que vai tem que voltar não é mesmo?! Não. Meus alvos foram um tanto quanto anônimos e não sofreram mal algum da minha parte. Eu só desejei que o mal que me desejassem, voltasse para eles. Mas nunca cheguei a humilhar ninguém nem a agredir ninguém gratuitamente. Admito ser uma pessoa que fala muito palavrão, mas isso definitivamente não faz de mim uma pessoa agressiva. Sou mais do que as pessoas são capazes de enxergar, sou mais do que um rotulo. Não faço o tipo amado pela maioria, mas tenho fé suficiente em mim pra suprir isso. E é com essa fé que eu pretendo recomeçar mais uma vez em lugar novo, já que o ponto final já foi colocado. Ainda bem.

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